quarta-feira, 8 de novembro de 2023

PERFIL

Giovane Diniz é natural de Ouro Preto/MG. Iniciou seus estudos em artes em 2003, na Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). É mestre em artes visuais e graduado em licenciatura em artes plásticas pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Tem suas pesquisas voltadas para a curadoria educativa, mediação cultural e arte contemporânea. Em seus trabalhos artísticos investiga memórias e histórias que se passam no dia a dia. Desenvolvendo obras que trazem perspectivas que marcam a transitoriedade do tempo nos contextos sociais e nas transformações dos espaços urbanos. Seus trabalhos surgem de pesquisas e experimentos com materiais e técnicas diversas, principalmente a pintura, colagem, desenho, performances e intervenções urbanas, abordando questões relacionadas a reflexões conceituais da contemporaneidade. Já participou de exposições individuais e coletivas em diversas cidades do Brasil. Atua como professor e mediador cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart da Fundação Clóvis Salgado (FCS).

Contato

Email: giovane_diniz@hotmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/giovanedinizartista/ 

terça-feira, 7 de novembro de 2023

ENTRE CAMADAS

Os trabalhos desta série apresentam composições a partir de elementos visuais, que aparentemente constituem uma composição abstrata. Esta organização formal surge de processos que envolvem diversas técnicas, como a colagem, acrílica e desenho. Mas antes das questões plásticas que envolvem cada obra, o processo de criação se dá a partir da observação do cotidiano, caminhadas pelas ruas geram desenhos, fotografias e ideias, que aos poucos vão se organizando. As transformações nos espaços urbanos, na arquitetura, evocam passados e vislumbram futuros, fazendo do presente um momento de reflexão. A abstração ganha figuração pelo desenho, que é o último a ser trabalhado no suporte, mas é também o que traz aos trabalhos ideias inicial dos processos que vão se estruturando ao longo de observações e reflexões. São muitas camadas, de colagens, tintas, desenho, e entre as camadas estão memórias e pensamentos. Vivenciar os espaços urbanos, seus elementos e suas transformações, é incorporar em cada trabalho as experiências da contemporaneidade e tudo o que nos rodeia. 

Sem título, colagem, acrílica, têmpera vinílica e lápis dermatográfico sobre lona, 44x44cm, 2023.

Sem título, colagem, acrílica e lápis dermatográfico sobre lona, 75x60cm, 2023.

Sem título, colagem, acrílica e lápis dermatográfico sobre lona, 70x60cm, 2022.


quarta-feira, 12 de abril de 2023

FEIRA LIVRE DE ARTE CONTEMPORÂNEA - FLAC - 2023

Feira Livre de Arte Contemporânea - FLAC - 2023 [ARTISTA PARTICIPANTE] 

Natural de Ouro Preto, MG, Giovane é mestre em artes visuais, artista plástico, mediador cultural e professor de artes visuais. As obras apresentadas na FLAC são da série "Variações e vestígios" que surgiu da observação, das memórias e histórias que se passam no dia a dia. Suas obras trazem perspectivas que marcam a transitoriedade do tempo nos contextos sociais, nas cidades.




quarta-feira, 14 de abril de 2021

MENÇÃO HONROSA NO IX SALÃO DE ARTE DE ITABIRITO

                                

Horizontes e verticais, Acrílica, colagem e desenho sobre lona, 90x80cm, 2018.

A EX-POSIÇÃO DA ARTE [Documentário | 37min. | 2021 ] Direção: Guilherme Reis - Produção: José Carlos Oliveira. https://www.youtube.com/watch?v=7hOLNX6FIXw

quinta-feira, 7 de maio de 2020

VARIAÇÕES E VESTÍGIOS

Esta série surge da observação, das memórias e histórias que se passam no dia a dia. Trazendo perspectivas que marcam a transitoriedade do tempo, dos contextos sociais e históricos, materialidades e apagamentos, registros e representações da vida e do universo cotidiano na urbe. Elementos característicos das cidades são expressos em gestos e cores, figuras que se deslocam em um cenário de linhas e formas, constituindo um emaranhado de ideias que surgem através de relações com os espaços, variações cromáticas e vestígios imagéticos, emoções e sentimentos expressos em imagens. Os vestígios e a incompletude revelam [des]continuidades sobre o que já aconteceu e o que ainda esta por vir. A construção/transformação dos espaços das cidades se dá constantemente, em meio a estas transformações estamos nós. O que foi e o que virá. O que somos e o que podemos ser. A arte nos leva a uma busca de nós mesmos em meio aos espaços que vivemos, inventamos, criamos e recriamos.

Lembranças, acrílica, colagem e desenho sobre lona, 50x36cm, 2020.
Distanciamentos, acrílica, colagem e desenho sobre lona, 50x36cm, 2020.
Variações, acrílica, colagem e desenho sobre lona, 50x36cm, 2020.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

HORIZONTES E VERTICAIS

Horizontes e Verticais apresenta uma série de pinturas em acrílica e colagens sobre lona e caixotes de madeira. As obras apresentadas refletem as impressões sobre ambientes e paisagens urbanas na cidade histórica e contemporânea. Nascido em Ouro Preto/MG e residente em Belo Horizonte/MG desde 2010, o artista busca em seu trabalho expor o que observa na transformação das paisagens dessas duas cidades. As memórias das cidades se sobrepõem aos olhares contemporâneos que são lançados sobre ambas, salientando as transformações da paisagem, e ao mesmo tempo propondo aproximações e distanciamentos entre elas. A paisagem se transforma de formas diferentes e ao mesmo tempo semelhantes: em Ouro Preto as transformações se dão principalmente no seu entorno, onde pequenos prédios observados de longe se misturam a arquitetura colonial; em Belo Horizonte, as transformações estão em toda parte, em seu centro e arredores os espaços se modificam e se transformam continuamente. O trabalho do artista é feito de forma processual, de modo que camadas de imagens vão sendo construídas e adicionadas durante vários meses, incorporando assim memórias e olhares lançados sobre as cidades no seu dia a dia. Ao final do processo, percebe-se uma mescla das duas cidades, suas arquiteturas e paisagens, que ora aparecem em construção e ou em desconstrução, ora de maneira fantasmagórica ou esquemática, de modo que as paisagens verticais cortam os horizontes, montanhas são encobertas por prédios, classes se misturam e se mantem ao mesmo tempo tão distantes. Camadas de recortes e olhares sobre o passado e o presente se constroem como um compósito das memórias e das experiências do artista sobre cidades (re)imaginadas e vividas. 

Horizontes e verticais, acrílica, colagem e desenho sobre lona, 90x80cm, 2018.

Paisagem em construção, acrílica, desenho e colagem sobre  madeira, 90x80cm, 2018.

S/título, acrílica, colagem e desenho sobre lona, 120x100cm, 2018.
S/título, acrílica, colagem e desenho sobre lona, 50x50cm, 2017.
Serra à vista, acrílica e colagem sobre caixote de madeira, 31x19x51cm, 2018.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

PERFORMANCES

Performance: Con(texto) - 2018

Essa performance parte da ideia de comunicação, (ou a falta dela) em um mundo em que a informação vem de todos os lados e de diversas fontes, pensar a performance como ato rotineiro, onde muitas vezes nos alimentamos de informações e as vezes não nos comunicamos. A ideia do trabalho parte do contexto de antropofagia, onde ingerimos informações, mas não a digerimos, e saturados, disparamos palavras para todos os lados. Como lidar com as informações? Porque não olhar nos olhos? As informações que chegam de forma midiática moldam o comportamento social, mas traz uma reflexão sobre nosso tempo, o acesso a informação e as formas de comunicar e conviver em sociedade.
Giovane Diniz e Nathalia Bruno

Performance con(texto) no Arte Manifesto CEFART/Palácio das Artes.
Ação, concepção e cenário: Nathalia Bruno e Giovane Diniz. 

Fotografia: Mara Aram

               Performance, Con(texto), 2018.
       Performance, Con(texto), 2018.

        Performance, Con(texto), 2018.


Performance: Desenho incerto - 2017

A proposta do trabalho passa pela provocação do olhar do espectador ao ato de desenhar o que se sente. Especificamente, o desenho não é o que está no papel ou o resultado final somente. Ele se inicia no pensamento e se estende pelo braço do participante que desenha nas costas do outro, para que o outro participante capte o que é desenhado em suas costas pelo tato, cérebro e use o seu braço e extensão (material que usa para desenhar) para registrar todo esse processo de pensamento que chamamos de "desenho". O desenho ainda não se esgota ali no papel. Ele ainda percorre o olhar e o pensamento de quem o vê, e o terceiro participante (espectador) vai tentar dar um sentido a esse registro e a esse processo. Baseado no gesto no olhar e caminhar, a performance se passa diante do público, que ao ver a ação é provocado a pensar sobre o que se passa. Num primeiro momento os performers estão em sintonia pelo olhar, que passa em determinado momento a um contado físico e transmissão de informação incerta, o pensamento, o gesto passado pelo toque, a decodificação do sentir é transmitido ao receptor que transpõe o gesto para o papel. O resultado? Incerto. O certo? A conexão. Como estamos conectados uns aos outros, o que pensamos e passamos uns aos outros? O caminhar o olhar, o pensar, o desenhar o sentir e o redesenhar. A construção de pensamentos. A arte nos provoca a pensar nas conexões do dia a dia, como nos comportamos, pensamos e decodificamos o que sentimos e como construímos pensamentos a respeito do que e de quem nos cerca. 
Em linhas gerais cabe a leitura do que nos é rotineiramente transmitido por meio de outro, da mídia, cultura, imposições, ensinamentos, experiências de vida, etc. Como nós recebemos e processamos isso e como isso é transmitido para o mundo através da nossa leitura. Como professores-artistas pensamos nessa ação como uma transmissão de conhecimentos ao aluno e o aluno a nós, uma vez que uma hora conduzimos o processo, outra hora o aluno conduz e ambos constroem a composição que certamente será multiplicada também com o público espectador.
Giovane Diniz e Nathalia Bruno

Palácio das Artes - FCS - Sala Juvenal Dias. Sarau das Incertezas. Performance "desenho incerto". 
Performers: Giovane Diniz e Nathalia Bruno
Concepção: Nathalia Bruno
Registro e coordenação: Lucas Amorim
Cenografia: Janaína Beling
Referência: Dennis Oppenheim
Desenho incerto, 2017.
Desenho incerto, 2017.

quarta-feira, 15 de março de 2017

ENTRE TEMPOS

Tempos vividos, tempos a serem vividos. Olhares que vagam lugares, pensamentos e poéticas que se encontram na observância dos espaços e nas experiências que compartilhamos, buscando a cada dia um olhar para onde habitamos e que por tempos habita em nos as singularidades dos indivíduos e dos signos do ambiente urbano. O embrenhar-se nas montanhas – naturais e antrópicas – construindo e resignificando memórias, expressões de pensamentos que trazem questionamentos a cada olhar no transito da vida. A geometria angular que demarca áreas e que se diluem em fragmentos do habitar poético de cada lugar, provocando a quem vê ser decifrado em meio à arquitetura incompleta do espaço em construção. A cada tempo vivido buscar na vida a arte, e na arte a vida.

S/título, acrílica e desenho s/tela: 130x100cm, 2017

S/título, acrílica e desenho s/tela: 130x100cm, 2017
S/título, acrílica e desenho s/tela: 130x100cm, 2017


COLETIVO BARCO

O Coletivo Barco é um grupo de artistas de Belo Horizonte/MG, que desenvolve ações em espaços públicos explorando suas características e possibilidades, propondo inversões dos modos de ocupação dos espaços da cidade, através da criação de dispositivos de deslocamento da realidade proporcionando experiências reflexivas sobre a contemporaneidade. Desde sua criação, em 2014, o grupo vem participando de projetos com intervenções e performances urbanas, provocando a percepção dos espaços públicos e seus indivíduos em suas características sociais e culturais, apreendidas em seu contexto. Partindo da ideia de que a cidade é um suporte para a criação artística e expressão, o coletivo ressalta e propõe uma discussão sobre questões do cotidiano e o fazer artístico contemporâneo, explorando as diversas linguagens das artes visuais.

Alguns trabalhos
  Banca de objetos inúteis, 2018

Unidades invisíveis, 2017

Pictorialidade da carne, 2016
Conta-gotas, 2015
Caixote, 2014
Poluição da cor, 2014
O homem de mentiras, 2014

quarta-feira, 25 de março de 2015

ICONOGRAFIAS DO URBANO

Caminhos
Observar, sentir e se envolver com os espaços do mundo, se encontrar nele e ali se reintegrar com o meio, sentir as transformações materiais e imateriais pelas quais nos e os espaços da cidade passamos. Perceber que a arte pode significar uma maneira de representar, de figurar coisas, num universo simbólico ligado a nossa sensibilidade perceptiva, a nossa intuição, e ao nosso imaginário, provocando novos pensamentos nos indivíduos, retratando percepções individuais sobre o meio urbano e sobre as relações entre inúmeros elementos que o constituem. Assim como algo que temos como lembrança, pode se transformar em uma poética do tempo, significativo, emocional e fisicamente, expressando sentimentos que estão ali para serem interpretados ou simplesmente provocar indagações e sensações. Fazer-se morada do pensamento, partir do material que se faz sentir pelo emocional se expressando nos acontecimentos do cotidiano.

Giovane Diniz
S/Título,  acrílica, colagem e desenho s/papel calandrado: 100x80cm, 2015
S/Título,  acrílica, colagem e desenho s/papel calandrado: 100x80cm, 2015
S/Título,  acrílica, colagem e desenho s/papel calandrado: 100x80cm, 2015
S/Título,  acrílica, colagem e desenho s/papel calandrado: 100x80cm, 2015


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

RUAS - AQUARELAS

Ruas

A arte e vida estão sempre ligadas e isso sempre reflete nos trabalhos dos artistas, demonstrando aspectos do cotidiano e os fatos na contemporaneidade. Nesta série apresento memórias e vivências nos espaços urbanos, trabalhos que dialogam com minhas experiências de vida, passadas principalmente nas cidades de Ouro Preto e Belo Horizonte, onde observo as transformações que ocorrem nestes espaços, nas estruturas, na arquitetura que se modifica e transformam seus espaços físicos e as pessoas que habitam as cidades. Ruas, esquinas e avenidas, que hora se parecem construindo, desconstruindo, ou se complementando. Esses pensamentos e os trabalhos até agora apresentados tem inspiração também no poema Ruas, de Carlos Drummond de Andrade, onde o poeta revela a surpresa com as mudanças de vida da nova capital onde as ruas não são mais sinuosas e novas perspectivas vão surgindo, e revelando as transformações dos espaços urbanos. Nas experiências vivenciadas nas cidades sempre observo as transformações continuas do espaço urbano, onde o passado e o presente apresentam ambientes em processo de mudanças, onde ainda vemos o conflito entre o velho e o novo, a tradição e a inovação. Por meio de signos e imagens reais e imaginarias procuro transpor o real em um ambiente em constante transformação, estabelecendo relações entre a realidade das ruas e a poética da transitoriedade da vida urbana, exercitando o olhar para as nuances das banalidades e aspectos importantes de nossos tempos.

Giovane Diniz                                                                                
Ruas 1, aquarela e colagem s/papel, 42x29cm, 2014
Ruas 2, aquarela e colagem s/papel, 42x29cm, 2014
Ruas 3, aquarela e colagem s/papel, 42x29cm, 2014
Ruas

Por que ruas tão largas?
Por que ruas tão retas?
Meu passo torto
foi regulado pelos becos tortos
de onde venho.
Não sei andar na vastidão simétrica
implacável.
Cidade grande é isso?
Cidades são passagens sinuosas
de esconde- esconde
em que as casas aparecem-desaparecem
quando bem entendem
e todo mundo acha normal.
Aqui tudo é exposto
evidente
cintilante. Aqui
obrigam-me a nascer de novo, desarmado.
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

PERCURSOS


Um percurso, no centro de Belo Horizonte - MG. Nesse trajeto foram observadas as mudanças que ocorrem na paisagem urbana, até em deslocamentos tão pequenos, as pessoas, e os ambientes que se modificam. Perguntas surgem: o que modifica cada ambiente? As pessoas, o poder publico, ou as condições de cada indivíduo? As pessoas estão ali por opção ou por segregação? Para realizar o trabalho fiz um trajeto registrando vários ângulos da cidade por meio de registro fotográfico, desenhos e anotações. Ao longo do caminho coletei caixas de madeira usadas por feirantes e descartadas nas ruas. A figura do mapa da região central de Belo Horizonte simboliza esse lugar tão diverso, onde foi feita a investigação sobre o espaço, para realizar o estudo. O suporte do trabalho foi feito com a madeira dos caixotes e forrados com folhas de jornal, onde foram trabalhados pintura fotografia e desenhos registrados no percurso, (elementos provenientes da rua), os jornais, que estampam diariamente retratos do mundo contemporâneo, das ruas, das cidades e dos acontecimentos cotidianos. O trabalho propõe pensamentos e questionamentos, fazendo pensar o espaço urbano, como nos observamos o nosso trajeto diário, se somos parte do meio urbano ou simplesmente andamos nas ruas por necessidade. Vivenciar os espaços, exercitar o olhar. A arte provoca questionamentos sobre a contemporaneidade e nos trás experiências com o espaço urbano, em diálogos com nos mesmos e com o ambiente em que vivemos.
Giovane Diniz
                                       
Percursos,  técnica mista s/madeira, tríptico: 97x50cm, 2014

segunda-feira, 15 de julho de 2013

OBJETO - ESCULTURA


Direções 

O trabalho apresentado parte de questões levantadas no texto “o que é o contemporâneo?” de Giorgio Agamben.
Partindo da leitura do texto e de reflexões a respeito do tema o que é o contemporâneo, busquei pensar a arte atual e suas relações com a vida cotidiana, como nos relacionamos e estabelecemos diálogos com as linguagens artísticas, os pensamentos, questionamentos e vivências. A elaboração do trabalho se deu a partir da ideia de um objeto que representasse elementos que remetessem a nossa contemporaneidade. Elementos que fazem parte do nosso dia a dia e nos faz pensar o nosso tempo. A escolha do material se deu de forma a pensar a “força” do mesmo, apesar de serem descartados todos os dias após serem lidos, ou não, os jornais trazem diariamente relatos do nosso tempo, do que acontece ao nosso redor e no mundo, o presente que é estampado com toda sua fúria e enganação midiática fazem pensar a obscuridade e aridez com que os acontecimentos surgem, são apresentados e nos sufoca de informações e incertezas. O trabalho fala de certa forma de anacronismos, pois traz uma ambiguidade de sentidos e referências a um momento que é nosso e ao mesmo tempo não nos pertence, que é vivido e compartilhado em uma sociedade com muitas direções e às vezes perdida, desequilibrada e sem objetivos. Pensando o contemporâneo como nosso tempo e tempo presente, apresentar as varias direções e objetivos a escolher, penso que estamos vivendo este momento e nos resta se relacionar com esse tempo, de se adaptar e se atentar ao que nos rodeia e como o cotidiano provoca reações e mudanças diversas na sociedade contemporânea, que apesar de parecer saturada, esta aberta e mostra caminhos a seguir, a se pensar. Modificar os espaços, perceber as mudanças, escrever novas versões dos fatos, nos inserir no tempo sendo parte fundamental de transformação de pensamento. A arte compartilha dos acontecimentos e nos abastecem para a reflexão, equilíbrio e transformação, sendo uma poética dos acontecimentos cotidianos.
Giovane Diniz

Direções, Técnica: mista, 25 x 25 x 25 cm, 2013


Transitórios, 2014