Um percurso, no centro de Belo Horizonte - MG. Nesse trajeto foram observadas as mudanças que ocorrem na paisagem urbana, até em deslocamentos tão pequenos, as pessoas, e os ambientes que se modificam. Perguntas surgem: o que modifica cada ambiente? As pessoas, o poder publico, ou as condições de cada indivíduo? As pessoas estão ali por opção ou por segregação? Para realizar o trabalho fiz um trajeto registrando vários ângulos da cidade por meio de registro fotográfico, desenhos e anotações. Ao longo do caminho coletei caixas de madeira usadas por feirantes e descartadas nas ruas. A figura do mapa da região central de Belo Horizonte simboliza esse lugar tão diverso, onde foi feita a investigação sobre o espaço, para realizar o estudo. O suporte do trabalho foi feito com a madeira dos caixotes e forrados com folhas de jornal, onde foram trabalhados pintura fotografia e desenhos registrados no percurso, (elementos provenientes da rua), os jornais, que estampam diariamente retratos do mundo contemporâneo, das ruas, das cidades e dos acontecimentos cotidianos. O trabalho propõe pensamentos e questionamentos, fazendo pensar o espaço urbano, como nos observamos o nosso trajeto diário, se somos parte do meio urbano ou simplesmente andamos nas ruas por necessidade. Vivenciar os espaços, exercitar o olhar. A arte provoca questionamentos sobre a contemporaneidade e nos trás experiências com o espaço urbano, em diálogos com nos mesmos e com o ambiente em que vivemos.
Giovane Diniz
Percursos, técnica mista s/madeira, tríptico: 97x50cm, 2014
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